Na última quinta-feira (1º), o Hospital Regional de Guarabira (HRG) realizou a primeira frenotomia da unidade. O procedimento, que consiste na remoção do freio lingual ou labial de um bebê com anquiloglossia, conhecida como ‘linguinha presa’, agora é realizado diretamente no hospital.
Anteriormente, bebês nascidos na Maternidade do HRG com a ‘linguinha presa’ eram encaminhados para um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Agora, o procedimento está disponível no próprio HRG para os recém-nascidos de Guarabira e municípios da região.
O primeiro paciente a se beneficiar desse procedimento foi um bebê de três dias que apresentava dificuldades para mamar devido ao freio lingual. Segundo a cirurgiã-dentista Marina Maria, responsável pela cirurgia, a ‘linguinha presa’ pode causar problemas como dificuldades na amamentação, sucção, deglutição, respiração, perda de peso e estresse para o recém-nascido.
“A remoção do freio lingual permitirá que o bebê amamente corretamente. Após o procedimento, colocamos o bebê no seio da mãe imediatamente, como prática padrão, e o bebê pode ter alta e ir para casa logo depois”, explicou a profissional. Ela ressaltou que o ideal é realizar a frenotomia antes da alta do bebê da maternidade.
Teste da Linguinha: Para identificar o freio lingual, o bebê passa pelo teste da linguinha, também realizado na Maternidade do HRG. Esse exame, feito por um fonoaudiólogo, permite um diagnóstico precoce da anquiloglossia. Caso confirmado, o bebê é encaminhado para a cirurgia corretiva.
“Seguimos um protocolo validado que avalia o frênulo e verifica possíveis alterações que podem restringir o movimento da língua. O diagnóstico precoce é crucial para garantir uma amamentação adequada, o desenvolvimento das funções orais e, posteriormente, da fala”, destacou Tatiana Aires, fonoaudióloga responsável pelos testes da linguinha no HRG.
A diretora geral do HRG, Rosicler Pinheiro, afirmou que as mudanças promovidas pela PB Saúde, conforme o novo contrato de gestão, visam garantir uma assistência integral aos usuários. “Esse avanço no atendimento assistencial beneficiará os bebês nascidos na nossa maternidade, melhorando a qualidade de vida e evitando que as mães precisem buscar tratamento em outros serviços após a alta”, concluiu a gestora.
Informações: Secom-PB