Quase um ano após a 3ª fase da Operação Território Livre, que resultou na prisão da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, o Ministério Público apresentou, nesta terça-feira (16), a primeira denúncia relacionada às investigações.
Segundo os promotores, o grupo é acusado de aliciamento violento de eleitores, constrangimento a candidatos e corrupção eleitoral durante as eleições de 2024. A denúncia aponta que a facção Nova Okaida controlava comunidades como São José e Alto do Mateus, impondo restrições à livre manifestação política e utilizando violência e intimidação para cooptar moradores e candidatos. Em troca, líderes e familiares teriam recebido cargos e vantagens na Prefeitura de João Pessoa.
Foram denunciados:
- Maria Lauremília Assis de Lucena
- Tereza Cristina Barbosa Albuquerque
- Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino
- Kaline Neres do Nascimento Rodrigues
- Keny Rogeus Gomes da Silva (Poeta ou Negrão)
- Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos
- Taciana Batista do Nascimento
- David Sena de Oliveira (Cabeça)
- Josevaldo Gomes da Silva
- Jonatan Dario da Silva
A Justiça Eleitoral já recebeu a denúncia, que passa a tramitar contra os acusados.
Lauremília foi presa em 28 de setembro do ano passado e indiciada pela Polícia Federal em outubro de 2024. Em nota, o advogado Walter Agra, que atua na defesa da primeira-dama, disse ter recebido a denúncia com tranquilidade: “Somente agora nós vamos ter oportunidade de esclarecer as ilações feitas nesse processo. A defesa começa a trabalhar a partir de agora. Até porque a questão colocada diz respeito à Segurança Pública, uma temática nacional e que é responsabilidade do Estado”, afirmou.
Já o advogado Getúlio Souza, que representa Keny Gomes, declarou que “a notícia da denúncia é recebida com serenidade, por se tratar de consequência natural do curso processual”.

