O senador Efraim Filho (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (15) que avançam as articulações com o Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, para uma possível aliança nas eleições estaduais de 2026, na Paraíba. Segundo ele, o diálogo se dá a partir de “identidade entre os grupos políticos” e pode incluir sua filiação ao PL, embora isso ainda não esteja definido.
A aproximação ganha força após a desistência de Sérgio Queiroz (Novo) da disputa ao Senado, o que abriu espaço para uma nova composição dentro do campo da direita no estado. O PL, que tem demonstrado interesse em fortalecer sua presença no Senado, passou a articular diretamente com Efraim.
Nos bastidores, pesa também a crise na federação União Brasil/PP na Paraíba, que envolve o vice-governador Lucas Ribeiro (PP). O impasse interno pode motivar Efraim a deixar o União Brasil.
“Esse diálogo reforça a estratégia de unidade da oposição. O PL nacional tem foco no Senado. Fui procurado para concretizar essa aliança ao governo. Essa unidade seria muito bem-vinda. A oposição tem dado uma aula de articulação”, declarou o senador, em entrevista à CBN.
Apesar do movimento, o MDB de Veneziano Vital do Rêgo resiste à aproximação com o bolsonarismo. Em entrevista à TV Arapuan, nessa segunda (14), Veneziano foi direto: não subirá em um palanque com o PL.
“Meu palanque é o do presidente Lula. Não estarei ao lado de um projeto bolsonarista. Não posso dar convergência ao que sempre combati. Como vou estar em um palanque cuja candidatura do PL representa o bolsonarismo?”, disparou.
Veneziano citou os nomes de Efraim e Pedro Cunha Lima (PSD) como possíveis aliados em um projeto futuro, mas sem a presença do PL, deixando clara a divisão na oposição sobre os rumos de 2026.

