Em entrevista, na noite desta segunda-feira (8), o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), pré-candidato a prefeito de João Pessoa, questionou durante o Programa Hora H, da Rede Mais Rádios, o que o prefeito Cícero Lucena (PP) fez nos três anos de mandato que mereça a reeleição e mais quatro anos de governo. “Cícero já tem 11 anos de gestão e quer mais quatro para chegar a 16 anos. O que ele fez na cidade para pedir mais outro mandato”?
Aos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra na série de entrevistas com pré-candidato à Prefeitura da Capital, o parlamentar mirou problemas na mobilidade e principalmente na saúde, e apontou Janine Lucena, filha de Cícero, executiva da pasta.
“É uma gestão que não é técnica. É familiar. A secretária de Saúde é filha do prefeito. Será que não tinha ninguém nessa cidade, na Paraíba que fosse capaz de estar na Secretária de Saúde?”, indagou.
Carneiro alegou que e João Pessoa tem caído no ranking da avaliação nacional da qualidade da Saúde. Para Ruy, isso é “inadmissível para quem foi eleito prometendo fazer a melhor gestão da sua vida”.
“A nota da Prefeitura no Previne em atenção básica é a pior nota entre as capitais do Brasil. É constrangedor conversar com pessoas que demoram dois anos para fazer um exame”, argumentou.
O pré-candidato também advertiu sobre a questão do transporte coletivo e minimizou a implantação do “Geladinho”, ônibus com ar condicionado recentemente integrados à frota pessoense.
Além de não ser novidade, frisa Ruy, os ônibus já são usados, “poucos” e tiram o direito à gratuidade aos idosos e pessoas com deficiências.
“Eu digo sempre que a gestão do prefeito Cícero Lucena é similar ao transporte coletivo. É ultrapassado, lento e atrasado. Às vezes faz jogada de marketing”, ironizou.
Ruy Carneiro defendeu ações voltadas para o Centro Histórico e sugeriu a instalação de um subprefeitura na região somente para resolver os problemas da área.
“Você chega no Centro Histórico é uma situação de constranger. Ali está a nossa história e não se pode levar para a região um projeto enlatado de quem nunca esteve lá. Antes de querer tentar levar pessoas para morar, é preciso ouvir as que já moram lá”, finalizou.